segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A ALEGRIA DO SENHOR É VOSSA FORÇA

  “Este é um dia consagrado ao Senhor, não fiqueis tristes, não choreis porque a                                      alegria do Senhor é vossa força” Ne 8, 9.10

 


A liturgia põe em especial relevo a própria celebração da Palavra de Deus. Na leitura inicial do livro de Neemias, o sacerdote Esdras apresenta solenemente ao povo, depois da repatriação da Babilônia, a proclamação da Lei, da Palavra de Deus. Sobre um estrado ele ministra a Palavra e o povo fervoroso responde: amém, amém! E prostram-se diante do Senhor em adoração. E disseram então: “este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis... a alegria do Senhor será a vossa força”. O Salmista, por sua vez, confessa jubiloso: “Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida”! Nela encontra-se o conforto para a alma, a fidelidade, a alegria. Elas são brilhantes, puras, imutáveis corretas e justas, prossegue assim o salmo dezoito. Mas é no santo Evangelho, na sinagoga de Nazaré, que Jesus mesmo proclamará a Palavra (Lc 1,1-4;4,14-21) e se revelará como cumpridor da predição que estava no livro do profeta Isaías, aplicando-a plenamente a si: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. É Ele o consagrado com a unção para evangelizar os pobres que somos todos nós. Ele quem vem libertar os opressos e abrir os olhos aos cegos, proclamando o ano da graça do Senhor. A todos nós é que se dirigem estas palavras. Quantas opressões e cegueiras experimentamos, como necessitamos do auxílio da divina graça. Graça que superabunda pelo ministério de salvação de Cristo Jesus continuado hoje e sempre por sua Igreja. A predição de Isaías, transcrita neste Evangelho, era lida com a mente voltada para o personagem anunciado, mas agora Jesus lê em primeira pessoa, aplicando diretamente a si. “Porque todas as promessas de Deus são “sim” em Jesus. Por isso é por ele que nós dizemos amém à glória de Deus”. II Cor. 1,20. O Cristianismo é religião da revelação. Deus se revela e se comunica ao homem histórico. E Ele o faz especialmente por sua Palavra. Nas outras religiões os homens esforçam-se para alcançar a Deus. No cristianismo não. È Deus que nos alcança, enviando a sua Palavra e mais ainda é Ele mesmo a Palavra que se encarna e vem habitar entre nós. “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória de Deus e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra...” Hb 1,1-3a. A nossa parte é acolher a Palavra e deixar que de fato ela seja lâmpada para os pés e luz para o caminho. Que sejamos abençoados pela prática da Palavra.



(Monsenhor Jaelson Alves de Andrade - Pároco da Paróquia Santo Antônio do Menino Deus em João Pessoa - Paraíba / Bairro do Jardim Cidade Universitária)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Jornada Mundial da Juventude com o Papa

Jornada Mundial da Juventude 2011 Madri



Seguir a Jesus é caminhar com a Igreja!

O Papa Bento XVI pediu aos mais de dois milhões de jovens reunidos na XXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em agosto passado em Madri na Espanha, que participem nas suas paróquias, na Eucaristia de cada domingo, na recepção freqüente do Sacramento do Perdão e o cultivo da oração e meditação da Palavra de Deus, porque, “não se pode, sozinho, seguir Jesus.”
A Base Aérea de Quatro Ventos, com seus 600.000.000 m2 tornou-se, durante todo o dia 20 e manhã do dia 21 de agosto no maior templo do mundo, numa autêntica cidade improvisada, de dois milhões de habitantes vindos dos cinco continentes (193) países para participar da edição atual da Jornada Mundial da Juventude.
A audácia e a tônica do discurso papal constitui em propor aos jovens católicos que se “oponham ao relativismo moral” com a sua reafirmação da sua fidelidade à Igreja. “Volto a dizer, com todas as minhas forças: não vos envergonheis de Cristo”, disse o Papa.
A homilia do sucessor de Pedro na “Missa do envio” centrou-se nesta felicidade de se reconhecer católico e por isso convidou todos os fiéis a responderem a Cristo “com generosidade e valentia”; porque seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede a tentação de seguir “por sua conta” ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d´Ele. Por isso, “para crescimento da vossa amizade com Cristo é fundamental reconhecer a importância da vossa feliz inserção nas paróquias, comunidades e movimentos, bem como a participação na Eucaristia de cada domingo, a recepção freqüente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e meditação da Palavra de Deus”.
A homilia do Papa tornou-se numa oração íntima com os jovens quando os encomendava à Virgem Maria ou os aconselhava: “Dizei-lhe: Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que destes a vida por mim. Quero seguir-Te fielmente e deixar-me guiar pela Tua palavra... Quero que sejas a força que me sustente, a alegria que nunca me abandone.”
Ao terminar a breve homilia, o Sumo Pontífice desafiou a autodenominada “Juventude do Papa” a contrariar a mentalidade individualista e a comunicar a alegria da fé. “É impossível encontrar a Cristo e não o dar a conhecer a outros. Por isso, não guardeis Cristo para vós mesmos. Comunicai aos outros a alegria da vossa fé. O mundo necessita do testemunho da vossa fé; necessita, sem dúvida, de Deus”, afirmou o Papa.
Sua Santidade antes de anunciar a próxima jornada para 2013, no Rio de Janeiro, manifestou-se “muito grato por essa enormidade de manifestação de fé” e mesmo `emocionado´ com a participação de tantos bispos e sacerdotes” nas jornadas que superaram todas as expectativas.



(Monsenhor Jaelson Alves de Andrade - Pároco da Paróquia Santo Antônio do Menino Deus em João Pessoa no Bairro do Jardim Cidade Universitária - Paraíba)

Na lógica de Deus autoridade não é poder, mas serviço, explica Papa

  

 Para Deus, “autoridade significa serviço, humildade, amor”, destacou o Papa Bento XVI, antes da oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo, 29, na praça de São Pedro, no Vaticano. O Santo Padre comentou o Evangelho do dia, que apresenta Jesus na sinagoga de Cafarnaum, curando um possesso e “ensinando como quem tem autoridade”, não como os escribas.
O Papa recordou que o texto do Evangelho fala da admiração suscitada por Jesus pelo modo como ensinava, curando ao mesmo tempo das enfermidades e escravidões alguns dos que o escutavam: “à eficácia da palavra, Jesus unia a dos sinais de libertação do mal”. 
“A autoridade divina não é uma força da natureza. É o poder do amor de Deus que cria o universo e, encarnando-se no Filho Unigênito, descendo na nossa humanidade, purifica e restabelece o mundo corrompido pelo pecado”, explicou Bento XVI. Como escreve Romano Guardini, “toda a existência de Jesus traduz a potência da humildade… a soberania que se abaixa à forma de servo”.
O Santo Padre explicou que, para o homem, muitas vezes, autoridade significa posse, poder, domínio e sucesso, mas para Deus, autoridade significa serviço, humildade e amor. "[Para Deus] significa entrar na lógica de Jesus que se inclina para lavar os pés dos discípulos, que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande (ao ponto) de dar a vida, porque é o Amor", enfatizou.
Após a oração do Ângelus, Bento XVI saudou os jovens da Ação Católica, que se reuniram na Praça de São Paulo, participando de uma "Caravana da Paz", com seus familiares e educadores.“Caros adolescentes, também este ano destes vida à 'Caravana da Paz'. Agradeço-vos e encorajo-vos a levar por toda a parte a paz de Jesus”.
Em seguida, uma das crianças da Ação Católica de Roma, leu uma mensagem ao Papa. Logo após, o Pontífice soltou duas pombas brancas, como símbolo de paz para Roma e para o mundo inteiro. 
Bento XVI recordou também o Dia Internacional de intercessão pela paz na Terra Santa. “Em profunda comunhão com o Patriarca Latino de Jerusalém e o Custódio da Terra Santa, invoquemos o dom da paz para aquela Terra abençoada por Deus”, disse.

Papa solta duas pombas, da janela de seus aposentos, como símbolo de paz para Roma e para o mundo inteiro

Desabamento no Rio adia lançamento da Logo da JMJ 2013




Em atenção e solidariedade a todos os familiares das vítimas do desabamento dos três prédios no Centro do Rio de Janeiro, na última quarta-feira, 25, o Instituto JMJ Rio2013 da Arquidiocese do Rio de Janeiro adiou o lançamento da logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude prevista para acontecer no dia 1º de fevereiro.  A data não foi definida. 
Em nota, o Presidente do Instituto e Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, manifestou seu pesar e conclamou a todos que rezem pelos falecidos, feridos e famílias atingidas pela dor que também é de toda a Arquidiocese.
O Arcebispo convocou ainda todo o clero responsável por Paróquias e Capelas da Arquidiocese para que em todas as Missas e Celebrações deste fim de semana, coloque a intenção pelos falecidos e por suas famílias como sinal de que a Igreja Católica está fraternalmente unida aos que foram atingidos por tal fatalidade.
Confiante na misericórdia de Deus, Dom Orani convida parentes, amigos e autoridades para a Missa de Sétimo Dia na intenção dos falecidos, a ser realizada no próximo dia 2 de fevereiro, quinta-feira, às 10 horas, na Catedral de São Sebastião, na Avenida República do Chile.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Unidade pode ser resposta à crise de fé no mundo, explica Papa



Na manhã desta sexta-feira, 27, o Papa Bento XVI destacou aos participantes da Sessão Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, que a promoção da unidade dos cristãos está extremamente ligada à resposta a crise de fé que assola o mundo.
“Como sabemos, em muitas partes da terra, a fé corre o perigo de se apagar como uma chama que não encontra mais alimento. Estamos diante de uma profunda crise de fé, uma perda do sentido religioso que constitui o mais importante dever da Igreja de hoje. O renovamento da fé deve, portanto, ser a prioridade no empenho da Igreja inteira para os nossos dias”, salientou Bento XVI os membros da Congregação recebida, em audiência, na Sala Clementina, no Palácio Apostólico Vaticano.
O Papa sublinhou que não são poucos os bons frutos arrecadados pelos diálogos ecumênicos, mas que, ao mesmo tempo, se deve reconhecer a existência do risco de uma falsa atitude de compreensão e caridade, adotada entre os cristãos de diferentes credos e de um indiferentismo, totalmente contrário ao espírito do Concílio Vaticano II.
“Tal indiferentismo é causado pela opinião sempre mais difusa que a verdade não seria acessível ao homem; seria, portanto, necessário limitar-se a encontrar regras para uma prática capaz de melhorar o mundo. Assim, a fé seria constituída de um moralismo sem fundamento profundo. O centro do verdadeiro ecumenismo é, em vez, a fé na qual o homem encontra a verdade que se revela na Palavra de Deus”, afirmou o Papa.
Para Bento XVI, sem a fé, todos os movimentos ecumênicos seriam reduzidos a uma forma de “contrato social”, que adere a um interesse comum. Ele recorda que a lógica do Concílio Vaticano II é completamente diferente, ela afirma que a busca sincera da plena unidade de todos os cristãos é um dinamismo animado pela Palavra de Deus.

Tradição e tradições

“É fundamental o discernimento entra a Tradição e tradições. Um importante passo para tal discernimento foi tomado na preparação e implementação de medidas para os grupos de fiéis provenientes do Anglicanismo, que desejam entrar em plena comunhão com a Igreja, conservando as próprias tradições espirituais, litúrgicas e pastorais, que estão em conformidade com a fé católica (cfr Const. Anglicanorum coetibus, art. III). Existe, de fato, uma riqueza espiritual nas diversas Denominações cristãs, que expressão uma única fé e dom a se compartilhar”, explicou o Pontífice.
O Santo Padre salientou ainda que conhecer a verdade é direito do interlocutor de cada verdadeiro diálogo, neste sentido, ocorre afrontar com coragem também as questões controversas, sempre num espírito de fraternidade e respeito recíproco.

Desafios morais

Por fim, Bento XVI salientou que a problemática moral constitui um novo desafio para o caminho ecumênico, destacando que nos diálogos não se pode ignorar as grandes questões morais que certam a vida humana, a família, a sexualidade, a bioética, a justiça e a paz.
“Seria importante falar sobre estes temas com uma só voz, elaboradas com fundamento na Escritura e na vida tradição da Igreja. Esta tradição nos ajuda a decifrar a linguagem do Criador em Sua criação. Defendendo os valores fundamentais da grande tradição da Igreja, defendemos o homem, defendemos o criado”, disse o Papa.

Falta de unidade: obstáculo para a pregação do Evangelho

O Santo Padre concluiu seu discurso destacando que a divisão entre os cristãos, de fato, não só se opõe abertamente a vontade de Cristo, mas é também obstáculo ao mundo e dano a mais santa das causas: a pregação do Evangelho a todas as criaturas.
“A unidade é, portanto, não somente fruto da fé, mas um meio e quase um pressuposto para anunciar a fé de modo mais credível àqueles que não conhecem ainda o Salvador. Jesus pediu: ‘Como tu, Pai, és em mim e eu em ti, sejam também eles em nós uma coisa só, para que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo 17, 21).”, reforçou Bento XVI.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Logomarca da JMJ Rio2013 será apresentada no dia 1º de fevereiro

O Comitê Organizador Local (COL/Rio) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) fará o lançamento da logomarca oficial da JMJ Rio2013, na quarta-feira, 1º de fevereiro. A cerimônia será às 10h no auditório do Edifício João Paulo II, na Glória, onde fica a sede do Comitê. Na ocasião, o presidente do COL e Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, irá apresentar também o autor da logo, que foi escolhida através de concurso. 
A expectativa é grande em torno da divulgação do símbolo de um dos maiores eventos que o Brasil irá sediar. Para chegar ao símbolo atual, foi percorrido um longo caminho, iniciado no dia 27 de setembro de 2011 com o lançamento do edital do concurso para escolher a logo oficial da JMJ. Mais de 200 trabalhos enviados de todas as partes do mundo chegaram ao Comitê e demonstraram, além de criatividade e técnica, a força da fé e da alegria da juventude católica.
Após o encerramento das inscrições do concurso, no dia 31 de outubro, começou o processo de seleção, onde as logomarcas foram avaliadas por um grupo de designers, por uma comissão do Setor Juventude e também pelos setores pastoral e presidência do COL. 
No dia 13 de dezembro os dois logos finalistas foram apresentadas ao Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), em Roma, que escolheu a vencedora em comum acordo com os representantes do Comitê Organizador Local. Na ocasião foi também confirmada a data de chegada do Papa Bento XVI no Rio de Janeiro. 
 
JMJ 

A 28ª JMJ acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro. A expectativa é que esta edição bata o recorde de participantes. Na última edição, em Madri, Espanha, reuniu cerca de um milhão e meio de jovens de 187 nacionalidades diferentes, o que gerou 354 milhões de euros para a economia espanhola. 
O Brasil já vive o clima da Jornada com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora pelo país. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ RIO2013. 


Fonte: Canção Nova Notícias